quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Decisão TST
Direito do empregador de consultar SPC antes de contratar é reconhecido
A decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que reconheceu o direito de uma empresa consultar o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) antes de contratar seus funcionários merece destaque. Apesar de valer apenas para um caso específico ocorrido em Sergipe, o julgamento pode embasar futuras ações semelhantes que envolvam empregadores que recorrem ao banco de dados de órgãos de proteção ao crédito antes da contratação.
Polêmicas à parte, vale destacar o argumento do ministro do TST Renato de Lacerda Paiva, relator do recurso, de que o empregador tem todo o direito de pesquisar o histórico do candidato a ser contratado. “Se a administração pública, em praticamente todos os processos seletivos que realiza, exige dos candidatos, além do conhecimento técnico de cada área, inúmeros comprovantes de boa conduta e reputação, não há como vedar ao empregador o acesso a cadastros públicos como mais um mecanismo de melhor selecionar candidatos às suas vagas de emprego’, disse. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Comentário sobre o artigo do Professor Zezinho:
Miriam Montibeller
Creio que o que o Professor escreveu nesse artigo é praticamente uma verdade absoluta. A educação estética, se trabalhada com efetividade, tornar-se-ia a solução para vários problemas sociais, que hoje estão fora de controle. De início, o exemplo que o autor fez questão de utilizar: de um menino aparentemente frágil, mas com a "alma talhada pela música e pelas inspirações elevadas de seu coração", que consegue aprender a arte da guerra e chegar ao trono sem perder a sua essência, é um incentivo enorme a muitas crianças que têm uma enorme sensibilidade e sentem-se fragilizadas por serem assim, quando, na verdade, essa sensibilidade deveria ser trabalhada para jamais ser perdida com o tempo: ao contrário, deveria ser incentivada. É claro que é necessário desenvolver em nossas crianças seus potenciais mais implícitos, para que suas mentes tenham com o que se ocupar, nas horas de ócio, fazendo com que elas se tornem "criativas". Como não sou nenhuma expert nesse negócio de razão e emoção (pra mim, tudo tem que ser pela emoção rs), não consegui compreender a frase: "Sem uma educação estética adequada, a sensibilidade nos animaliza, pois seu peso é preponderante no nosso modo de ser". Não comentarei nada sobre ela, até que eu saiba seu real significado dentro do artigo. O pulo do gato é a provocação que o autor faz ao leitor, ao pedir que se observe o que é sentido ou o que é pensado quando se está só e em silêncio. Ao afirmar que "a imaginação reflete a qualidade da nossa vida interior", o autor deixa claro que nossa imaginação é nosso raio-x intelectual. Fiz minha autoanálise e gostei muito do resultado. Perguntei ao meu marido e também foi muito satisfatória sua resposta. Ao encontrar um amigo, fiz a pergunta a ele, que me respondeu dizendo que em suas horas de ócio, sua preocupação é passar a fase do jogo no vídeo-game. Destaco aqui que esse meu amigo tem 35 anos e é casado. Não estou recriminando meu amigo, até porque é necessário sim, que se tenha esse tipo de ocupação (eu também tenho - a diferença é que eu jogo Atari e ele X-Box rs), ela talvez não deveria ser a primeira a ser citada quando questionado sobre algo tão abrangente. Ao citar Erich Fromm, o autor assina seu artigo com muito esmero. Fromm escreveu um livro que se chama "A arte de amar", e ele é perfeito ao relatar essa arte que não se restringe somente ao amor homem e mulher. Ao falar da importância da mãe para o desenvolvimento do filho, ele dá um tiro certeiro, pois de acordo com a minha experiência, o que é sentido pelo filho é muito mais assimilado do que as coisas que são ensinadas verbalmente. Em se tratando de experiências de vida, a melhor maneira de não se deprimir com experiências desagradáveis é retirarmos somente o que de bom e de evolutivo essa experiência nos causou (sempre fica algo de positivo). O que foi ruim, que se perca no tempo e no espaço... Ao falar das artes marciais, o Professor foi um gigante, pois posso comprovar cada palavra que foi escrita em seu artigo: "habilidades físicas, virtude moral, equilíbrio, senso de justiça, segurança de si e respeito aos outros". Sim, o karatê, por exemplo, se bem orientado por um Sensei virtuoso, pode ser a solução para que não ocorram inúmeros conflitos entre crianças, jovens e até adultos. Concluindo então, a educação estética torna, sim, as pessoas bem melhores, de corpo e de mente.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Bom Dia
Que venha mais uma semana. Pior que começo a segunda com uma dor de cabeça de matarrrr. Vamos ver se melhora rápido.
Boa Segunda a todos...
Boa Segunda a todos...
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Uma ratinha apaixonada (Autor: Júlio Emílio Braz)
O Gui trouxe um livrinho pra casa para ler. Como a leitura era um pouco complicada para ele, eu decidi fazer um resuminho pra facilitar. Fiquei encantanda com o que li (sempre fico rs). Então vou dividir com vocês. Abaixo o texto que escrevi para ele ler. Realmente, não há como duvidar do amor. Ele é a única verdade da vida. Quando o Gui chegou no final da leitura do meu texto ele me questionou: "mãe, não é Deus, o mais poderoso do mundo?". Eu respondi: "Sim filho, como Deus é amor, a resposta continua correta".
Uma Ratinha Apaixonada
Certo dia,
um ratinho foi à casa da sua namorada para pedir a seu pai sua mão em
casamento. O pai da ratinha ficou muito
bravo, pois como todos os pais, achava sua filha a mais bela e perfeita de
todas as ratinhas. Para ele, o ratinho
era muito magricelo e fraco e por isso não conseguiria proteger sua amada
filhinha.
Sem se
preocupar com o amor que o ratinho sentia pela sua filha, o pai não aceitou o
casamento e mandou o ratinho embora.
A mãe tentou
convencer o pai de que os dois ratinhos eram jovens, e por esse motivo agiam
daquela maneira. A mãe disse que o pai
pensava assim, porque ele já nasceu grande, nunca foi jovem. Mas isso ela falava para zombar dele, já que
ele não entendia o amor dos jovens.
Para
resolver o problema, o pai decide que precisa arrumar um marido para a filha. E o marido precisa ser a pessoa mais forte e
poderosa do mundo. Depois de pensar um
pouco , ele decide que o sol é o ser mais forte e poderoso. O pai e a mãe da ratinha saem à procura do
sol.
Ao encontrar
o sol, o pai explica a situação do casamento para ele. O sol agradece por ter sido lembrado, mas
explica que o temporal é muito mais forte e poderoso que ele, pois quando o
temporal aparece, o sol se esconde. O
pai vai conversar com o temporal. Ele
diz que o sol está enganado, pois o ser mais forte e poderoso do mundo é o
vento, pois o vento sopra as nuvens do temporal. Já o vento ao conversar com o pai da ratinha,
diz que o temporal não faz ideia de como o rochedo é forte e poderoso, pois ele
nem se mexe quando o vento sopra. O pai
da ratinha vai conversar com o rochedo, que por sua vez, diz que o mais forte
do mundo é o touro, pois o touro afia seus chifres no rochedo e tira pedaços
dele cada vez que isso ocorre. O pai já
cansado de tanto procurar, vai então conversar com o touro. O touro o recebe muito bem, mas acha graça de
ser chamado de forte e poderoso. Ele
explica que se fosse tão poderoso, não seria preso por um cordame (corda). O cordame é o mais forte e poderoso do
mundo. Assim que o pai inicia a conversa
com o cordame, ele já explica que sem dúvida alguma, ele não é o mais forte do
mundo, pois ele está se desfazendo aos poucos.
O pai da ratinha pergunta o que está acontecendo com ele. O cordame explica para o pai da ratinha, com
muita calma: “É senhor Rato, todo dia um
rato bem magricela vem aqui e me rói, um pouquinho de cada vez. Ele sim, é mais forte do que eu. O pior é que o danado sempre diz que não quer
me fazer mal e que fica me roendo de tristeza.
O pobrezinho está apaixonado por uma ratinha, mas não pode casar com
ela, porque o pai acha ele muito Graco pra cuidar dela. Como alguém pode ser tão cego para não
perceber o que está bem diante de seus olhos???”.
O cordame
explica para o Sr. Rato, que a mais poderosa força do mundo é o amor, e que
todos somos fortes quando temos algo importante por que lutar.
O pai
percebendo que o ser mais forte e poderoso do mundo era exatamente o ratinho
que queria casar com sua filha, aceita o casamento na hora.
O mais legal
de toda essa estória, é que foi tudo ideia da ratinha, que combinou com o sol, o temporal, o vento, o rochedo, o
touro e o cordame, provando mais uma vez, que o amor sempre supera os
desafios. O amor sempre é vencedor!
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Facebook pode virar ferramenta da Justiça na Inglaterra
O site de relacionamentos Facebook pode virar ferramenta da Justiça na Inglaterra. Esta semana, o jornal The Telegraph anunciou que a Corte Superior de Justiça inglesa autorizou que uma parte fosse citada pelo Facebook num processo comercial. Em 2009, a mesma corte já tinha autorizado a citação de um réu pelo Twitter.
De acordo com a reportagem do jornal britânico, não é a primeira vez que um juiz inglês permite a citação por meio de redes sociais. A diferença é que, agora, a decisão partiu da Corte Superior de Justiça. Grosso modo, a corte pode ser equiparada aos tribunais de segunda instância no Brasil.
Tanto na citação por Twitter como na pelo Facebook, a decisão foi baseada na dificuldade de encontrar a parte. No caso de 2009, o réu só era conhecido pelo seu apelido no Twitter. Dessa vez, no entanto, a parte tinha nome e sobrenome — Fabio de Biase — e endereço.
A AKO Capital, empresa que gerencia investimentos, acusa a corretora de ações TFS de cobrar mais comissão do que teria direito e pede na Justiça que a corretora devolva 1,3 milhões de libras (R$ 3,7 milhões). Biase é funcionário da TFS. Ele foi intimado na sua casa, mas o juiz da corte superior aceitou pedido da AKO para que ele também fosse citado pelo Facebook porque existiam dúvidas de que o endereço conhecido era ainda onde ele morava.
Antes de decidir, o juiz questionou a TFS se eles poderiam confirmar que a conta pertencia mesmo ao Fabio de Biase processado e que ele acessava o site regularmente. Os advogados da TFS, então, apresentaram as evidências: Biase tinha entre seus amigos na rede social funcionários da TFS e, recentemente, havia aceitado pedidos de amizade, o que comprovaria seus acessos à conta.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Antoine de Saint-Exupéry
"Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: 'Era só um conto de fadas...' E a gente sorri de si mesma. Mas, no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida".
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
O amor do Pequeno Príncipe
Quando comprei o livro "O amor do Pequeno Príncipe", eu não fazia a menor ideia do que eu encontraria em suas páginas. Estou maravilhada... O livro (que não é bem um livro), dá para ler em 10 minutos. Mas o que está escrito nele é de uma grandiosidade absurda. Na verdade, são as cartas que Exupéry escreveu para uma moça de 23 anos, oficial da Cruz Vermelha, que ele teve um relacionamento durante o último ano de sua vida (1943). Ele a chama em suas cartas, de "menininha". Suas palavras são comoventes. Ele sofre, sofre muito por amor.
Recomendo a leitura (depois de ler "O Pequeno Príncipe"), mas precisa estar com alma receptiva para compreender suas palavras. É lindo demais...
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Frase de Charles Simmons
"Nenhum homem tem o direito de agir como quiser, exceto quando ele quer fazer o certo".
Princípios, meios e fins
José Francisco dos Santos
Para que os fins sejam atingidos, precisamos dos
MEIOS, ou os instrumentos que nos possibilitam atingir os objetivos. Se a ação
dependesse apenas desses dois itens, então poderíamos fazer qualquer coisa, de qualquer
modo. Daí vem a famosa frase de Maquiavel: “os fins justificam os meios”. Com
essa frase, ele dava a entender que, por exemplo, na busca e manutenção do
poder, que era o caso que ele tratava especificamente, tudo pode ser feito:
perseguir e sabotar opositores, falsificar, fingir, mentir, etc. Se o objetivo
for atingido, então valeu a pena, e a ação está, assim, justificada [e o que
não faltam são adeptos de Maquiavel].
Ora, o que delimita nossos meios e fins são os
PRINCÍPIOS. Se temos princípios, então nem todo fim e nem todo meio será lícito
ou justificável. Digamos que tenhamos o nobre objetivo de reduzir o déficit da
previdência social e garantir que o sistema previdenciário não venha a sofrer
interrupção no futuro por quebra de orçamento. Esse é o fim. Um meio possível
para atingi-lo é , por exemplo, decretar a morte compulsória dos idosos aos,
por exemplo, 75 anos, diminuindo assim os encargos previdenciários, os gastos
com o sistema de saúde, etc. Por que uma lei desse tipo não pode ser decretada?
Exatamente porque fere um princípio fundamental, o do direito à vida. Como
princípio, ele se impõe sobre nós, de modo que não podemos suprimi-lo.
Mas no Direito, como também em muitas outras áreas,
há quem sustente que não se devem levar em consideração os princípios, porque
eles não são sempre determinados, e alguns são bastante discutíveis, não
havendo acordo sobre eles. Isso é conhecido como “positivismo jurídico”. É
derivado da tendência que chamamos genericamente de “positivista”, de só dar
valor ao que é cientificamente demonstrado, relegando a segundo plano o que é
objeto de discussão, como é o caso dos princípios éticos, das crenças
religiosas e das discussões filosóficas em geral. Assim, para o Direito,
valeria apenas a lei escrita, que deveria ser obedecida e pronto.
A Segunda Guerra Mundial e as atrocidades cometidas
– legalmente - pelo nazismo e pelo socialismo totalitário fizeram renascer a
discussão acerca da existência de uma lei natural, anterior às nossas leis
escritas, que não podemos deixar de considerar. Essa lei natural pode ser
concebida como o conjunto dos nossos princípios. Eles podem ser de ordem
religiosa ou filosófica, mas não podemos abrir mão deles, sob pena de abrir as
portas para a implantação de regras que atentem contra tudo o que consideramos
nobre e importante.
Atualmente, é forte a propaganda em favor da regra
maquiavélica de que os fins justificam os meios. O aborto, por exemplo, é
mostrado como um meio aceitável de controle de natalidade, ou para garantir a
liberdade da mulher. Distribuímos preservativos para as crianças como meio para
evitar o contágio de DST’s e a gravidez precoce. Com alguns fins até nobres e
outros nem tanto, vamos nos perdendo nos meios e enfraquecendo nossos
princípios, na vida pessoal, nas relações sociais ou na regulação jurídica da
nação.
A força moral é a maior que podemos ter, como
indivíduos ou como povo. Quando a perdemos, decretamos nossa falência.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
É possivel educar o gosto?
José Francisco dos Santos
Nossa atividade escolar sempre
esteve voltada, na maior parte dos seus esforços, para a educação intelectual,
para o aprendizado de informações acerca dos inúmeros aspectos da realidade. O
intelecto - a parte racional - ocupa-se com os juízos de verdade ou falsidade
acerca do que se afirma, e sempre foi considerado o elemento mais refinado e
nobre da nossa humanidade. Podemos chamar ao conjunto de regras que regem nossa
razão de “Lógica”. Mas, anteriores e mais importantes que os juízos de
verdadeiro e falso, estão os juízos de bom ou mau, que se referem àquilo que,
na conduta prática da vida, podem produzir benefícios ou malefícios ao
indivíduo e à sociedade. Trata do que é justo ou injusto, certo ou errado,
virtude ou vício. A essa área, costumamos chamar de “Ética”. A educação ética é
de importância capital. Já dediquei alguns artigos a ela, e percebo que o tema
está ganhando mais espaço na mente e no coração das pessoas, o que é um ótimo
sinal.
Mas há uma instância ainda mais
básica e anterior a tudo isso, que costumamos, com muito frequência, ignorar.
Trata-se da dimensão mais diretamente sensível da nossa experiência, o modo
como primeiro captamos os dados que nos chegam aos sentidos, como estes afetam
nossa alma e marcam nossos afetos. A essa área podemos chamar de “Estética”.
Embora a palavra tenha significados derivados e específicos, refiro-me aqui ao
estudo desse componente da nossa psique, que forma nossas primeiras impressões
sobre o mundo (e me parece bastante válida a máxima segundo a qual a primeira
impressão é a que fica). A sensibilidade está na raiz da nossa percepção, e os
juízos que ela emite (belo/feio, agradável/desagradável, prazeroso/doloroso)
constituem também, de certa forma, o alicerce das nossas concepções éticas e
intelectuais.
Como sujeitos reais e práticos,
somos o resultado da constituição dessas três instâncias em nós. Não adianta
saber intelectualmente um monte de verdades e não ter a sabedoria prática para
viver bem, do ponto de vista ético. Isso forma um ser humano partido. Do mesmo
modo, parece-me impossível, ou pelo menos difícil demais, uma conduta ética
genuína sem uma sensibilidade bem orientada. Desse modo, a estética deveria ser
a preocupação fundamental da educação das crianças. Mas aqui se coloca a grave
questão que intitula esse artigo: é realmente possível educar o gosto, ou seja
, uma educação estética é viável? Em que medida?
Não pretendo fornecer aqui uma
resposta simplória, mas sim trazer o leitor interessado para o coração de uma
genuína pergunta filosófica. Estamos diante de uma área da realidade que nos
instiga, traz-nos um problema que excita nossa mente a refletir. Primeiro, para
compreender o problema, depois, para verificar se ele é mesmo relevante e, posteriormente,
para tentar buscar respostas. Em filosofia a pergunta é muito mais importante
que a resposta, pois uma boa pergunta nos tira da comodidade e nos coloca
diante de um problema que exige análise e reflexão. Essa é a alma da filosofia.
Daí, não adianta simplesmente repetir a resposta deste ou daquele teórico, mas
avaliá-las à luz da realidade para acatá-las ou não, ou, ainda melhor, propor
outra ideia que pareça mais adequada. Esse é também o espírito da verdadeira
ciência.
Pois bem, o artigo de hoje não
poderá fazer nada mais que levantar o problema, pois a página já está acabando.
Mas, se conseguir deixar alguns leitores com a pulga atrás da orelha, já terá
atingido o objetivo. Na sequência, procurarei desenvolver melhor a ideia, na
esperança de que isso não fique cansativo demais. Mas posso ainda aventar um
efeito negativo do que chamo de “má educação estética”. As músicas e imagens
apelativas, que excitam a sensibilidade das crianças, desenvolvem nelas, cedo
demais, a sensualidade. A criança não tem capacidade de julgar nada disso do
ponto de vista moral, muito menos intelectual, mas sua sensibilidade capta,
armazena e desenvolve os estímulos, criando um certo “gosto” que, uma vez
estabelecido, marca a afetividade e terá forte repercussão na sua postura moral
e no seu desenvolvimento intelectual. Será que podemos fazer o inverso disso,
proporcionando experiências estéticas positivas, que contribuam para a formação
de uma personalidade mais integrada? Esta me parece uma questão de primeira
grandeza, à qual dedicarei mais alguns textos.
PM-SC: Um depoimento imperdível (19 fev 2012)
Do 2o. Tenente da Policia Militar, Omar Correa Marotto, um depoimento excepcional e de leitura obrigatória, que o blog edita com prazer pelo seu profundo significado e de real interesse público, agradecendo ao missivista, via e-mail:
"Caro jornalista Moacir Pereira,
como assíduo leitor de sua coluna peço vênia para utilizar este esse espaço democrático a fim de discorrer sobre um assunto bastante comentado ultimamente nos mais diversos canais de comunicação, qual seja, o salário paga ao Policiais/Bombeiros Militares e Policiais Civis dos Estados Membros. Para situar melhor seus leitores, gostaria de informar que os profissionais que atuam na Segurança Pública de Santa Catarina trabalham em regime de escala de serviço, tais como: 24x48; 12x24/12x48 , entre outras. Esclarecido esse primeiro ponto passo a discorrer sobre “simplicidade” do nosso serviço diário, para depois deliberar acerca da remuneração do profissional da segurança pública.
Quero dizer que as assertivas aqui apresentadas foram construídas ao longo de 18 anos de serviços prestado a Polícia Militar de Santa Catarina, portanto, são as minhas verdades, as minhas impressões, as minhas vivências, porém revestidas de uma certa propriedade.
Passamos a discorrer sobre a rotina de serviço de um Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil quando em escala de serviço, que é bastante simples, como é de conhecimento público:
a) O Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil toma mais decisões num dia de serviço do que muitos outros profissionais em um ano, e olha que quando as fazemos precisamos analisar em uma fração de trilhonessímo de segundos se ela esta de acordo com os nosso regulamentos disciplinares, com a legislação em vigor, e no caso dos militares, se não contraria o RDPMSC e o CÓDIGO PENAL MILITAR, que aliás prevê pena de morte para o militar em caso de guerra. Não podia ser diferente, nossas decisões impactam diretamente na vida da sociedade em geral.
b) O Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil quando escalado para o serviço também realiza partos. Isto mesmo, somos especialistas em realizar partos em nossas viaturas, paradas ou em movimento. Somos a ÚNICA CATEGORIA DO MUNDO especialista em auxiliar no trabalho de parto por telefone. Quando uma parturiente esta em trabalho de parto ela não liga para o profissional da saúde que a assiste, ela liga pra onde, para o 190 ou 193. E nós que somos altamente treinados em nossas escolas de formação/aperfeiçoamento entramos em ação. Até hoje temos 100% de êxito. Alguém mais na sociedade é capaz de realizar tal feito? Duvido!
c) O Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil também é PhD em desobstruir vias respiratórias de recém-nascidos por telefone, muitas e muitas vidas de recém nascidos já foram salvo por nossos Policiais. E não cobramos consultas pelo trabalho realizado.
d) Na nossa rotina de trabalho pegamos em nossas mãos um indefeso cãozinho perdido e a entregamos aquela família angustiada pela sua ausência, como também pegamos em nossas mãos bananas e mais bananas de dinamites que são usadas para o cometimento dos mais diversos crimes.
e) Monitoramos diversas câmeras nos mais distantes rincões do nosso Estado. Onde não existem “heróis”, como no famoso programa.
f) O policial/bombeiro militar e policial civil resolve brigas de casal, atende a chamada de dispare de alarme em estabelecimento bancário, atende a acidente de trânsito, sequestro, roubo, furto, assassinato, suicídio, assalto, estelionato, embriaguês ao volante, lesões corporais
como assíduo leitor de sua coluna peço vênia para utilizar este esse espaço democrático a fim de discorrer sobre um assunto bastante comentado ultimamente nos mais diversos canais de comunicação, qual seja, o salário paga ao Policiais/Bombeiros Militares e Policiais Civis dos Estados Membros. Para situar melhor seus leitores, gostaria de informar que os profissionais que atuam na Segurança Pública de Santa Catarina trabalham em regime de escala de serviço, tais como: 24x48; 12x24/12x48 , entre outras. Esclarecido esse primeiro ponto passo a discorrer sobre “simplicidade” do nosso serviço diário, para depois deliberar acerca da remuneração do profissional da segurança pública.
Quero dizer que as assertivas aqui apresentadas foram construídas ao longo de 18 anos de serviços prestado a Polícia Militar de Santa Catarina, portanto, são as minhas verdades, as minhas impressões, as minhas vivências, porém revestidas de uma certa propriedade.
Passamos a discorrer sobre a rotina de serviço de um Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil quando em escala de serviço, que é bastante simples, como é de conhecimento público:
a) O Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil toma mais decisões num dia de serviço do que muitos outros profissionais em um ano, e olha que quando as fazemos precisamos analisar em uma fração de trilhonessímo de segundos se ela esta de acordo com os nosso regulamentos disciplinares, com a legislação em vigor, e no caso dos militares, se não contraria o RDPMSC e o CÓDIGO PENAL MILITAR, que aliás prevê pena de morte para o militar em caso de guerra. Não podia ser diferente, nossas decisões impactam diretamente na vida da sociedade em geral.
b) O Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil quando escalado para o serviço também realiza partos. Isto mesmo, somos especialistas em realizar partos em nossas viaturas, paradas ou em movimento. Somos a ÚNICA CATEGORIA DO MUNDO especialista em auxiliar no trabalho de parto por telefone. Quando uma parturiente esta em trabalho de parto ela não liga para o profissional da saúde que a assiste, ela liga pra onde, para o 190 ou 193. E nós que somos altamente treinados em nossas escolas de formação/aperfeiçoamento entramos em ação. Até hoje temos 100% de êxito. Alguém mais na sociedade é capaz de realizar tal feito? Duvido!
c) O Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil também é PhD em desobstruir vias respiratórias de recém-nascidos por telefone, muitas e muitas vidas de recém nascidos já foram salvo por nossos Policiais. E não cobramos consultas pelo trabalho realizado.
d) Na nossa rotina de trabalho pegamos em nossas mãos um indefeso cãozinho perdido e a entregamos aquela família angustiada pela sua ausência, como também pegamos em nossas mãos bananas e mais bananas de dinamites que são usadas para o cometimento dos mais diversos crimes.
e) Monitoramos diversas câmeras nos mais distantes rincões do nosso Estado. Onde não existem “heróis”, como no famoso programa.
f) O policial/bombeiro militar e policial civil resolve brigas de casal, atende a chamada de dispare de alarme em estabelecimento bancário, atende a acidente de trânsito, sequestro, roubo, furto, assassinato, suicídio, assalto, estelionato, embriaguês ao volante, lesões corporais
Temos ainda o trabalho desenvolvido pelas nossas Unidades Especializadas, que não são poucos.
E por aí vão às ações que o Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil realiza, não apenas no seu dia de serviço, com também em seu dia de folga, por DEVER DE OFíCIO.
Salutar lembra que o Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil que atua na ponta não conta com inúmeros assessores para realizarem as atividades para que eles só assinem os papéis depois, ao contrário, o policial que atua na ponta da atividade inicia, da sequência e termina o serviço sozinho, ele e seu companheiro, caso o tenha. No sol, na chuva, no frio ou no calor, pois, no caso específico dos Policiais Militares, para a consecução do nosso serviço estabelecido na Constituição Federal somos proibidos de levar qualquer cidadão para algum local dentro dos nossos Batalhões para realizarmos qualquer procedimento. O que é um absurdo! As outras Polícias realizam seus procedimentos em seções dentro de suas organizações, mas sesquicentenária Policia Militar não pode.
Para o atendimento de ocorrências dependemos da nossa MOBILIDADE, porém mesmo em atendimento de ocorrências somos equiparados a motoristas comuns, pois, somos suscetíveis de receber uma NOTIFICAÇÃO DE TRÂNSITO. Será que alguém já ouviu falar em TEMPO/RESPOSTA no atendimento de ocorrência. Nossos inteligentes e profundos estudiosos do Congresso certamente que não. Quando precisamos atuar com rapidez e agilidade, nos dizem que precisamos estacionar nossas viaturas igualzinho ao turista americano que vai a feira para passar a manhã escolhendo um badulaque para dar de presente a sua amada, que o espera na cama do hotel. Caso contrário somos triturados pela opinião pública.
Para o atendimento de ocorrências dependemos da nossa MOBILIDADE, porém mesmo em atendimento de ocorrências somos equiparados a motoristas comuns, pois, somos suscetíveis de receber uma NOTIFICAÇÃO DE TRÂNSITO. Será que alguém já ouviu falar em TEMPO/RESPOSTA no atendimento de ocorrência. Nossos inteligentes e profundos estudiosos do Congresso certamente que não. Quando precisamos atuar com rapidez e agilidade, nos dizem que precisamos estacionar nossas viaturas igualzinho ao turista americano que vai a feira para passar a manhã escolhendo um badulaque para dar de presente a sua amada, que o espera na cama do hotel. Caso contrário somos triturados pela opinião pública.
Enfim, vem o carnaval a quem o Estado recorre......não é ao BEM 10! NEM AOS SUPER AMIGOS, TÃO POUCO AOS HEROIS DO BBB....
Contudo a população catarinense não precisa ficar ficar preocupada, pois nós, Policiais/Bombeiros Militares e Policiais Civis trabalhamos com afinco, dedicação, amor, comprometimento, profissionalismo, responsabilidade, competência, honra e transparência no intuito de bem servi-la. Não que outras categorias não ajam assim na consecução de seus serviços.
Pois é desta mesma sociedade que fomos selecionados é nela que vivemos, que vivem nossos filhos, esposas, pais, irmãos, amigos e (des)governantes.
Pois é desta mesma sociedade que fomos selecionados é nela que vivemos, que vivem nossos filhos, esposas, pais, irmãos, amigos e (des)governantes.
O que nós Policiais/Bombeiros Militares e Policiais Civis queremos é que nos remunerem com um SUBSÍDIO ADEQUADO AS COMPLEXIDADES DO NOSSO SERVIÇO. Entendo que é HERESIA dizer que um Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil deve perceber subsídio maior do que um Juiz, um Promotor de Justiça, um Deputado Estadual, um Procurador do Estado ou um Conselheiro do Tribunal de Contas. Também entendo que é HERESIA pagar a um Policial/Bombeiro Militar e Policial Civil subsídios menores do que os percebidos por um Juiz, um Promotor de Justiça, um Deputado Estadual, um Procurador do Estado, um Conselheiro do Tribunal de Contas, dado a COMPLEXIDADE DAS NOSSAS RESPONSABILIDADES FUNCIONAIS. Nosso trabalho é tão importante e necessário quanto os demais.
A título de colaborar com o Governo do Estado na solução para a questão salarial dos membros da Segurança Pública do nosso Estado, sugiro que se DIMINUAM OS REPASSES a Assembléia Legislativa, ao Poder Judiciário Estadual e ao Ministério Público Estadual, não que os membros desses Poderes/Órgão não façam jus a uma GRATIFICAÇÃO NATALINA SUBSTANCIAL, que no meu modesto ponto de vista é um verdadeiro soco desferido por um atleta de MMA na cara da população, mas é que POR HORA ESTA FALTANDO DINHEIRO em outras áreas IGUALMENTE IMPORTANTE. Nós Policiais/Bombeiros Militares e Policiais Civis não queremos gratificações natalinas gordas, queremos, sim, um SUBSÍDIO ADEQUADO A NOSSA REALIDADE FUNCIONAL.
Agradeço ao amigo Jornalista pelo espaço cedido.
Um tríplice e fraternal abraço.
Omar Correa Marotto
2º Tenente PM."
2º Tenente PM."
Bom Dia :)
O negócio é aproveitar o último dia de folga. Pelo que soube, ontem não ocorreu nenhum problema no Navegay, mas não me arrependo de não ter ido, na verdade, estou muito feliz de ter feito essa escolha. A praia estava perfeita! Vou terminar de catalogar meus livros. Como recebi muita visita (pessoas que amo), não consegui trabalhar muito nisso, cadastrei até agora, 110 livros.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Navegay 2012
Não sei, se o que estão falando sobre o suposto ataque armado do poder paralelo é verídico. Mas, não tenho menor interesse de pagar pra ver. Vou trocar o Navegay por uma praia com a família :)
Bela frase :)
"Quero que o fato de ter uma vida sensata, não me roube o direito ao desatino".
(Lya Luft)
Carnaval 2012 - Bloco Pernas de Pau
Foi uma delícia nossa passagem pela "Sapucaí" (rs). Dezoito blocos (foi o número que me passaram) coloriram a Avenida João Sacavem hoje à tarde. Nós participamos do Bloco Pernas de Pau, um bloco formado por pessoas maravilhosas, amigos queridos. Super família, foi um show. Nosso bloco além de ter só gente bonita (rsrsrs), teve a preocupação de levar no desfile, uma caixa para ser depositado todo o lixo produzido durante o percurso, principalmente latas de cerveja e refrigerante. Arrisco afirmar que estava mais divertido que o Navegay. O desfile de domingo (que até pouco tempo não existia) com certeza se tornará tradição :)
domingo, 19 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Mini Biblioteca
Estou cadastrando meus livros para organizá-los. É muito legal rever livros que há tempos não via. Alguns, eu nem lembrava que tinha lido :)
Puxa, que dó :(
Minha cunhada encontrou um yorkshire ontem. Pediu que eu informasse no meu face para tentar encontrar o dono. Como a internet não serve só para o mal, alguém leu e avisou uma moça que eu sabia do paradeiro do seu cachorrinho. Ela acabou de sair daqui de casa. Infelizmente não era o seu yorkshire. Fiquei muito triste, pois queria ajudá-la. O york que ela procura é de sua filha de 3 anos que está inconformada. Ela ficou decepcionada. Que dó...
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
E eu acreditava que sabia muita coisa sobre o Pequeno Príncipe rsrs
Minha próxima leitura para descansar a mente dos livros de Direito
Inspirado em O Pequeno Príncipe – clássico de Antoine de Saint-Exupéry lançado em 1943 em plena Segunda Guerra Mundial – o livro O Retorno do Jovem Príncipe é uma obra de ficção que fala do retorno do nobre já na adolescência à Terra. Com a mesma visão humanista e espiritual sobre o mundo, seus habitantes e os valores básicos que os sustentam, o poeta argentino A. G. Roemmers retoma a sutileza do personagem eternizado por Exupéry.
Ao viajar sozinho no vazio da Patagônia, um homem maduro encontra um adolescente desacordado e o socorre. Quando o rapaz acorda, o homem percebe que não se trata de um jovem qualquer, mas de um famoso príncipe que cresceu e resolveu revisitar o planeta Terra.
Os dois viajantes embarcam num diálogo denso que aborda as grandes questões existenciais. Assim, a viagem de carro se transforma em uma autêntica trajetória espiritual, que abrange a transição da inocência à maturidade, do cotidiano ao transcendente e da tristeza à alegria.
Roemmers retoma no livro discussões éticas sobre a experiência humana e aborda temas ainda cruciais à humanidade, como guerras, crises econômicas, fome e consumismo. “Durante o percurso da viagem fictícia, o Jovem Príncipe pergunta se há muitos caminhos no planeta Terra e se não ocorre aos homens procurar no céu a orientação. Sempre há problemas e os caminhos para superá-los”, afirma o autor, também influenciado pelo personagem em sua infância.
O Retorno do Jovem Príncipe – A. G. Roemmers
Título Nacional: O Retorno do Jovem Príncipe
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 112 páginas
Editora: Fontanar
Tradutor: Paulo Afonso
Título Original: El regreso del joven Príncipe (Argentina)
Ano de Lançamento: 2000 (Argentina)
Número de Páginas: 200 páginas (Argentina)
Editora: Editorial Sudamericana (Argentina)
Sinopse: Este livro, inspirado no clássico de Saint-Exupéry, busca responder à pergunta: E se o Pequeno Príncipe viesse ao mundo nos dias de hoje? O narrador é um homem de meia-idade que, numa viagem de carro na Patagônia, encontra um jovem desacordado no meio do deserto e resolve ajudá-lo. Ao longo de três dias, os dois improváveis companheiros conversam sobre a origem dos problemas, a dificuldade de ser adulto, o poder da amizade, o segredo da felicidade e a importância do amor. Assim, o narrador descobre a verdadeira identidade do misterioso jovem e o quanto a sua mensagem universal e atemporal ainda tem a nos ensinar.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
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