terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Comentário sobre o artigo do Professor Zezinho:

Miriam Montibeller

Creio que o que o Professor escreveu nesse artigo é praticamente uma verdade absoluta. A educação estética, se trabalhada com efetividade, tornar-se-ia a solução para vários problemas sociais, que hoje estão fora de controle. De início, o exemplo que o autor fez questão de utilizar: de um menino aparentemente frágil, mas com a "alma talhada pela música e pelas inspirações elevadas de seu coração", que consegue aprender a arte da guerra e chegar ao trono sem perder a sua essência, é um incentivo enorme a muitas crianças que têm uma enorme sensibilidade e sentem-se fragilizadas por serem assim, quando, na verdade, essa sensibilidade deveria ser trabalhada para jamais ser perdida com o tempo: ao contrário, deveria ser incentivada. É claro que é necessário desenvolver em nossas crianças seus potenciais mais implícitos, para que suas mentes tenham com o que se ocupar, nas horas de ócio, fazendo com que elas se tornem "criativas". Como não sou nenhuma expert nesse negócio de razão e emoção (pra mim, tudo tem que ser pela emoção rs), não consegui compreender a frase: "Sem uma educação estética adequada, a sensibilidade nos animaliza, pois seu peso é preponderante no nosso modo de ser". Não comentarei nada sobre ela, até que eu saiba seu real significado dentro do artigo. O pulo do gato é a provocação que o autor faz ao leitor, ao pedir que se observe o que é sentido ou o que é pensado quando se está só e em silêncio. Ao afirmar que "a imaginação reflete a qualidade da nossa vida interior", o autor deixa claro que nossa imaginação é nosso raio-x intelectual. Fiz minha autoanálise e gostei muito do resultado. Perguntei ao meu marido e também foi muito satisfatória sua resposta. Ao encontrar um amigo, fiz a pergunta a ele, que me respondeu dizendo que em suas horas de ócio, sua preocupação é passar a fase do jogo no vídeo-game. Destaco aqui que esse meu amigo tem 35 anos e é casado. Não estou recriminando meu amigo, até porque é necessário sim, que se tenha esse tipo de ocupação (eu também tenho - a diferença é que eu jogo Atari e ele X-Box rs), ela talvez não deveria ser a primeira a ser citada quando questionado sobre algo tão abrangente. Ao citar Erich Fromm, o autor assina seu artigo com muito esmero. Fromm escreveu um livro que se chama "A arte de amar", e ele é perfeito ao relatar essa arte que não se restringe somente ao amor homem e mulher. Ao falar da importância da mãe para o desenvolvimento do filho, ele dá um tiro certeiro, pois de acordo com a minha experiência, o que é sentido pelo filho é muito mais assimilado do que as coisas que são ensinadas verbalmente. Em se tratando de experiências de vida, a melhor maneira de não se deprimir com experiências desagradáveis é retirarmos somente o que de bom e de evolutivo  essa experiência nos causou (sempre fica algo de positivo). O que foi ruim, que se perca no tempo e no espaço... Ao falar das artes marciais, o Professor foi um gigante, pois posso comprovar cada palavra que foi escrita em seu artigo: "habilidades físicas, virtude moral, equilíbrio, senso de justiça, segurança de si e respeito aos outros". Sim, o karatê, por exemplo, se bem orientado por um Sensei virtuoso, pode ser a solução para que não ocorram inúmeros conflitos entre crianças, jovens e até adultos. Concluindo então, a educação estética torna, sim, as pessoas bem melhores, de corpo e de mente.

2 comentários:

apcolzani disse...

Miriam,
Lendo o artigo e seus comentário, analiso e reafirmo que temos que educar, cada vez mais, os pais dessas crianças manhosas, tinhosas, grosseiras e desrespeitadoras. Educação é virtude, é ensinamento. Criança reproduz o que vê...
Ah... um banho de "estética educacional" aos pais seria tão bom!

Miriam Montibeller disse...

Muito obrigada pelo comentário Ana. É bem isso, se não educarmos esteticamente as crianças de hoje, serão essas mesmas crianças que serão responsáveis pela educação no futuro. E aí, o problema aumenta cada vez mais e mais... Mas eu ainda acho que o mundo é uma beleza de se viver, e tem jeito pra tudo! Tem que ter rsrs Bjs