quarta-feira, 27 de junho de 2012

1º Salão do Livro - Balneário Camboriú Shopping


Programação Universo – 1º Salão do Livro 

DIA 28 (quinta-feira)
14h às 18h: Contação de história, pintura facial, escultura de balões com a Livrarias Catarinense e Clube da Criança
19h: Workshop de "Brigadeiroterapia, como fazer um delicioso brigadeiro gourmet", com Ana Lúcia Clementi, seguido de degustação de brigadeiros gourmet na loja Home&Cook e bate papo com Ana Lúcia Clementi

DIA 29 (sexta-feira)
14h às 18h: Contação de história, pintura facial, escultura de balões com a Livrarias Catarinense e Clube da Criança
19h: Palestra "A História do Sapato", com a designer da Raphaella Booz, Bruna Grein.
21h: Palestra "Como a Cervejaria Bierbaum produz a autêntica cerveja européia", com Diego Abati. Após a palestra, degustação e bate-papo com o palestrante no quiosque da Empório São Patrício 

DIA 30 (sábado)
14h às 18h: Contação de história, pintura facial, escultura de balões com a Livrarias Catarinense e Clube da Criança
19h: Bate-papo com a autora Potyra Najara Batschauer, autora do livro "Debaixo de Suas Asas", seguida de sessão de autógrafo na Livrarias Catarinense
21h: Palestra "Vinho de altitude em Santa Catarina", com Silnei Furlani, enólogo da Vinícola San Michele. Após palestra, degustação e bate-papo com o palestrante na Adega Porto Seco. 

DIA 01 (domingo)
14h às 18h: Contação de história, pintura facial, escultura de balões com a Livrarias Catarinense e Clube da Criança
15h30min: Bate-papo com a jornalista global Sônia Bridi, autora do livro "Diário do Clima", seguido de sessão de autógrafos na Livrarias Catarinense
19h: Palestra "Disciplina, o Caminho da Vitória", com o autor Alan Schluo Sant´anna, seguido de sessão de autógrafo na Livrarias Catarinense

Bom Dia...


sábado, 23 de junho de 2012

A verdadeira história de Alice (via Eu amo ler on facebook)

Alice com 7 anos
CURIOSIDADES LITERÁRIAS

A verdadeira história de Alice, a personagem do livro "Alice no País das Maravilhas:

Voce reconhece essa frase:
" Um presente de natal para uma criança querida em memória de um dia de verão"

Apesar dessa frase estar inclusa dentro de um livro muito famoso, você certamente jamais a leu por um motivo muito simples, ela não consta em nenhuma obra que foi publicada, e se encontra na capa do manuscrito de "Alice no País das Maravilhas" publicada por Lewis Carrol em 1865.

Antes de passar para o papel sua história, Carrol, em um passeio de barco pelo Rio Tâmisa, começou a conversar com os 03 filhos do vice-chanceler da Universidade de Oxford, e para distrai-los começou a contar uma história que só estava dentro da sua cabeça. Uma das filhas se chamava Alice Pleasance Lidell, que inspirou a criaçao da personagem principal.

Tudo isso aconteceu no verão de 1862, e Alice pediu que Carrol escrevesse esse livro para ela.
Depois desse passeio Carrol e Alice se tornaram inseparaveis.

Agora eu lhes pergunto, o que vocês fariam se sua filha de 7 anos se tornasse inesperadamente amiga de um escritor esquisitão de 31 anos fazendo com ele demorados passeios de canoa e posando para seus retratos artísticos? Em vez de chamar a polícia - como qualquer família normal - a de Alice Pleasance Liddell incentivou seu relacionamento com Charles Dodgson, um escritor que assinava como Lewis Carroll. E a menina acabou sendo a musa inspiradora dos clássicos Alice no País das Maravilhas (1865) e Através do Espelho (1871) - este inclusive termina com um poema em que as primeiras letras de cada estrofe formam o nome da menina. Até hoje não é claro o que exatamente estava rolando entre a menina e o escritor. Especula-se, e ninguém poderia deixar de especular, que havia uma paixão, consumada ou não. Sempre se acreditou que, quando ele deixou de frequentar a casa dos Liddell subitamente, em 1863, foi porque os pais de Alice haviam resolvido dar um basta naquele relacionamento inapropriado. Mas documentos descobertos pela biógrafa Karoline Leach mostram que Carroll talvez fosse tão simpático com Alice e suas irmãs porque estava interessado mesmo era na governanta da casa.

Mas independente das fofocas, o fato é que, dois anos depois, Carrol cumpriu o prometido e entregou um livro de 90 páginas,todo escrito a mao e com 37 ilustraçoes. Ao ver o livro, seus amigos , encantados com a história insistiram para que ele publicasse.Carrol então, fez algumas pequenas mudanças, e o livro foi publicado em 1865.

Muitos anos depois, Alice precisou vender seu manuscrito em um leilao

Hoje o manuscrito encontra-se na British Library em Londres, que o disponibilizou na internet para quem quiser conhece-lo:http://www.bl.uk/onlinegallery/ttp/alice/accessible/introduction.html


Lewis Carrol

O poder do facebook


Bom Dia :)


terça-feira, 19 de junho de 2012

Alicerces


José Francisco dos Santos
Filósofo e Professor

Na semana passada, assisti a um documentário sobre a construção da Catedral de Colônia, na Alemanha, que ainda é o edifício gótico mais alto do mundo. A imponente construção começou em 1248 e só foi concluída definitivamente em 1880. É extremamente admirável a coragem e a tenacidade de um povo que se propõe a levantar uma obra dessa dimensão, ainda mais se considerarmos as condições precárias, em termo de tecnologia e materiais, que uma construção como essa enfrentava na Idade Média.  Mas o que mais me chamou a atenção foi a sabedoria de seu primeiro construtor, mestre Gherard, quanto à importância de um fundamento sólido para a construção. Gherard sabia que a catedral precisaria de praticamente a mesma quantidade de pedras na sua fundação quanto a que seria utilizada na parte visível da catedral. Assim, os subterrâneos da construção revelam colunas e galerias de pedra que já são, por si mesmas, outra enorme construção. Estabelecida essa base sólida, 160 toneladas de pedra puderam ser sobrepostas para formar o que é hoje o edifício. Nem o bombardeio da segunda guerra mundial, quando a catedral recebeu 14 ataques a bomba, foi suficiente para derrubá-la.
Isso me fez lembrar uma parábola que fala sobre construir a casa sobre a rocha ou sobre a areia. De fato, tudo que queremos construir deve começar pelo fundamento. Às vezes os políticos se empenham em construir coisas grandes e vistosas, mas querem colher os louros da inauguração antes que seu mandato termine. Os resultados desastrosos todos conhecemos. É preciso enfrentar o ônus de trabalhar embaixo da terra, gastar tempo e recursos naquilo que não será visto pelos olhos, mas que será a base para construções efetivamente sólidas e soluções permanentes. Se os construtores medievais de Colônia estivessem preocupados em inaugurar sua catedral, teriam construído, no máximo, uma igreja vistosa, da qual não haveria mais vestígios há muito tempo.
O que se verifica na arquitetura pode ser analogamente aplicado à construção da nossa humanidade. Na infância e na juventude, estabelecemos os fundamentos que suportarão o que seremos na vida adulta. Da solidez do fundamento que construímos depende a qualidade do edifício que seremos. Não é fácil nem agradável construir uma formação intelectual, estética ou moral sólidas. Isso exige tempo, dedicação e bons mestres, do mesmo modo como o exigiram cavar enormes fossos e enchê-los de pedra para fazer uma catedral gótica na Idade Média. Mas nunca teremos perdido o tempo ou o esforço despendidos na construção de uma vida que vale a pena. Isso se mede pelas nossas leituras, pelas renúncias que fazemos, pelo esforço em fazer o que é bom e necessário e não apenas o que dá prazer. Nossos alicerces definirão se seremos uma catedral gótica, uma casa confortável ou um barracão de zinco.
É claro que a nossa construção é quase tão demorada quanto a da catedral de Colônia, de modo que estamos permanentemente em obras. Mas é preferível estar em obras em vistas de um grande edifício que inaugurar cedo demais qualquer casebre.