Gente, acabei de conversar com uma pessoa que me contou uma história comovente que aconteceu na sua família. Eu já conhecia essa pessoa há um tempo mas nunca falamos sobre esse assunto. Hoje conversando sobre adoção, ela me contou esse caso. Na década de 80 sua sogra deu a luz a um bebê em Tijucas, uma menina, e para ela foi dado o belíssimo nome de "Miriam" (essa parte eu ameii rs). Pois bem, a mãe da Miriam não tinha condições de criar a menina e ela foi adotada. Isso é o que ela acreditou que teria acontecido. Na verdade, sua filha foi VENDIDA (pelos advogados que estavam regulamentando a adoção) para uma família de Israel. A família de Israel pagou o valor que foi lhes informado acreditando ser a legalização da adoção, ao menos é o que conta a reportagem sobre esse caso. O nome dela era Miriam aqui no Brasil e lá em Israel ela foi registrada como Miri Oman Levram. Abaixo uma imagem da reportagem que foi publicada no site da ONG que busca encontrar essas crianças que foram vendidas na época. A mãe de Miriam foi a primeira mãe brasileira a ser encontrada e um menino, hoje com 26 anos de São Paulo foi o segundo. Quando lemos sobre isso já é comovente, imagine você conversar com uma pessoa da família que viveu todo esse drama. E imagine a mãe dessa criança, que até então era vista com olhares desconfiados, já que nunca havia sido comprovado a venda, sendo que algumas pessoas julgavam que a própria mãe teria vendido a filha. Que loucura...
A reportagem que está no site:
Primeira VITÓRIA - caso das crianças sequestradas.
Ela se chama Alair e é uma das mães que tiveram seus filhos sequestrados a 26 anos atrás. Logo ao nascer, o bebê foi enviado ao exterior e lá adotado por um casal muito bom de israelenses. A criança, uma menina, sempre soube do seu passado, que era nascida no Brasil, e hoje, já adulta, chegou até nosso pequeno grupo de voluntárias com a esperança de encontrar sua mãe biológica. Meses e meses de pesquisa, pela internet e em bibliotecas empoeiradas buscando pistas através de antigas publicações em jornais. Finalmente esta semana, a primeira esperança! E lá fomos eu e a amiga Isaura, representando nossas outras companheiras (os) do grupo ( Sandrinha, Cléo, Andréa, Mônica e Lior) e seguimos para Bombinhas/SC, Isa saindo de Curitiba e eu de Floripa, nos encontramos lá. A viajem, cheia de contratempos, um dos ônibus atrasou e perdemos o horário de almoço da ALAIR que estava no trabalho. Tivemos que esperá-la encerrar o expediente e só a tardinha então, pudemos finalmente trocar emoções. Tínhamos pouco tempo para conversar porque nosso ônibus sairia em meia hora. Levei as fotos da linda filha de Alair que mora em Israel, para esta mãe que passou os últimos 26 anos com a dor da saudade de um filho desaparecido que ela só viu ao nascer. Ao ver a foto, ela diz emocionada: " É a cara do irmão dela mais velho" Sim, de fato a Miriam, é própria mãe, tão parecida, mas agora precisamos da comprovação de um DNA para tirar qualquer dúvida. Hoje, a Mirian em Israel, vai receber as fotos que tiramos da Alair, sua mãe biológica e daqui para a frente, esperamos que a sociedade nos ajude a encontrar outras centenas de mães que também tiveram seus bebês sequestrados e esperam por esse momento mágico do reencontro. Qualquer informação pode ser enviada para nosso email de contato.
Alair tem mais três filhos de outro casamento, irmãos que Miri, os quais ela quer muito conhecer.
O reencontro e abraços ainda vão ter que esperar um pouco, dependem de um exame DNA, que tem custos e infelizmente Alair não teria condições de pagar.
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