A lição nº 2 ficou por conta de um desconhecido. Fui à uma loja de produtos de 1,99 comprar papel de presente. Na fila do caixa fiquei observando um rapaz que estava aguardando o total da sua compra. Era um rapaz moreno, de uns 22 anos. Ele comprou: 2 bolas, 2 carrinhos e 1 boneca. Ele pediu se a moça do caixa embrulhava os presentes, e ela respondeu que sim, que cada embrulho custaria 1,00. Ele olhou para o dinheiro que segurava nas mãos e com um largo sorriso disse que era para embrulhar. Nesse momento, sem que meu filho percebesse, eu já secava uma lágrima que havia caído dos meus olhos, pois eu entendi a situação e achei belíssimo o que o rapaz estava fazendo. O valor total da sua compra foi 14,95. Cada brinquedo custou 1,99 e cada embrulho 1,00. Quando a moça lhe entregou a sacola ele agradeceu e saiu com uma felicidade que possivelmente causaria inveja à algumas pessoas. Ou seja, mesmo sem ter muitas condições, o rapaz, que eu não sei se estava presenteando filhos, irmãos, primos ou qualquer outra criança, estava muito satisfeito com o que havia comprado. O que ficou claro ali é que, novamente, o valor é o que menos importa. O que importa é que a criança saiba que está sendo lembrada. Não sei se o rapaz que vi na loja é um homem trabalhador, se é uma boa ou má pessoa. O que sei é que ele estava cumprindo o seu papel, seja qual for, com maestria.
Entendi então que os adultos culpam a nova geração por ser consumista, mas na verdade são justamente os pais, os adultos, que para valorizar e justificar a sua ausência, precisam dar presentes cada vez mais caros, transferindo assim a "culpa" para os novos "consumidores compulsivos".
Vivendo e aprendendo...
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