sábado, 21 de janeiro de 2012

Estou lendo sobre Hannah Arendt.  Filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX. A privação de direitos e perseguição na Alemanha de pessoas de origem judaica a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar. O regime nazista retirou a nacionalidade dela em 1937, o que lhe tornou apátrida até conseguir a nacionalidade estadunidense em 1951.  O trabalho filosófico de Hannah Arendt abarca temas como a política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência, e a condição de mulher.  Os anos finais da década de 1920 foram, em particular, “tempos produtivos” para Hannah Arendt, poeticamente falando. Nesse período, a jovem estudante atravessava um momento conturbado de sua vida, marcado pela elaboração de sua tese sobre o “conceito de amor em Santo Agostinho”, bastante criticada pelo próprio orientador, Karl Jaspers, que chegou a afirmar que a jovem estudante fizera Agostinho dizer coisas que nunca disse.  Mesmo envolvida em tantos conflitos, há um lado de Hannah pouco conhecido, o poético. 

Canção da Noite

E se profundamente nos cansamos,
No colo noturno da noite
Esperamos por um suave consolo.

Esperando, podemos perdoar
Toda dor, toda aflição.
Nossos lábios começam a se fechar –
Sem som o dia inicia sua ascensão.


(Hannah Arendt)

Fontes: http://contagotascotidiano.blogspot.com/2007/09/hannah-arendt-poeta.html e http://pt.wikipedia.org/wiki/Hannah_Arendt

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