sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Menos a Luiza, que está no Canadá...

O meme da Luiza pegou.

ou

O bordão da Luiza pegou.

 
Existe uma preocupação tão grande, das pessoas hoje em se mostrarem intelectuais, que se privam de coisas que não fazem mal algum. A discussão sobre uma brincadeira na internet, ganha proporções monstruosas, pelo simples fato de ninguém assumir que curte um novo bordão ou meme, como se chama o bordão virtual. Que mal há em se repetir um bordão como esse? "Todos estão aqui... menos a Luiza que está no Canadá!" Muito melhor curtir uma frase como esta, do que o suposto estupro, que já foi desmentido pelos participantes, mas mesmo assim continuam falando sobre o caso. Desde muito pequena, escuto meus pais, que jamais entraram na net, repetirem bordões da época deles, alguns que utilizamos até hoje, "tô certa ou tô errada?". Até os bordões que o Chaves ou Chapolin usavam, tornaram-se clássicos no cotidiano de todos (menos da Luiza rsrs). O filósofo Mario Sérgio Cortella, em seu livro "Qual é a tua obra", afirma que a sociedade está evoluindo numa velocidade assustadora. Creio que é essa rapidez que assusta os "pretensos" intelectuais.  Algo que levaria meses para ser disseminado, hoje o é em segundos. Resolvi escrever sobre isso porque me impressiono com a quantidade de pessoas que faz questão de reiterar no facebook que não assiste ao BBB, que não gosta da Luiza, que não votou no Lula e que odeia a corrupção. Mas o que temos atualmente? Respondo minha própria indagação. O BBB é mais uma vez líder de audiência (e ninguém assiste), a Luiza é a pop star da vez (porque já voltou do Canadá), o Lula foi eleito por 2 vezes (ele é mágico, porque ninguém votou nele) e a corrupção? Essa me nego a comentar, porque se tem um lugar que não se consegue entrar, sem que seja por voto popular, é no governo. Então meus amigos, vamos nos preocupar  seriamente com o que é sério, e assumir que gostamos de rir e que bordão desse tipo não faz mal à ninguém.
Veja alguns bordões que marcaram a história da nossa juventude.

“Não contavam com minha astúcia! – Ninguém tem paciência comigo”
Marcelo Gastaldi é sem sombra de dúvida o autor dos mais conhecidos bordões da atualidade. Ele popularizou dois personagens, marcando definitivamente a história da televisão brasileira, dublando Chaves e Chapolim. Marcelo, que morreu em 1995 de pneumonia, tornou-se um ícone, inclusive para os amantes do seriado mexicano.


“Não é a mamãe, não é a mamãe”
Sem dúvida, Marisa Leal é uma das vozes mais marcantes da tv. Ela foi responsável pela criação do bordão do Baby da Família Dinossauro, que tornou a série um sucesso. Marisa também emprestou sua voz para She-Ra, Lucy do Charlie Brown, Brenda do Barrados no Baile e Ariel da Pequena Sereia. Hoje, sem dúvida, Marisa é uma das mais conhecidas e conceituadas dubladoras do Brasil.


“Pelos poderes de Greyskull!”
Garcia Jr. é o autor do bordão mais conhecido do desenho He-Man. Garcia também dublou, quando criança, o Pica-Pau, McGyver do Profissão Perigo e a maioria dos filmes do Arnold Schwarzenegger. Hoje, é uma das vozes masculinas mais requisitadas.
“Scooby-Doo, cadê você meu filho?”
Mário Monjardim é o criador de vários bordões famosos na tv. Além do já famoso ” Scooby-Doo, cadê você meu filho?”, Monjardim também criou o tradicional grito do Capitão Caverna e o “O que é que há, velhinho?” do Pernalonga, que originalmente era “Como vai Doutor?”. Mário Monjardim é considerado um dos grandes mestres da dublagem brasileira, um referencial para qualquer um do meio.

“Scooby, Dooby Dooo”
Orlando Drummond é o responsável pelos mais conhecidos bordões infantis. É dele o “Eu sou o Marinheiro Popeye” do Popeye e o “Tá limpo”, do Alf – O ETeimoso. Com sua voz marcante, Drummond também já fez parte da Escolinha do Professor Raimundo.

“Oh querida, oh querida, oh querida Clementina”
Older Cazarré por muito tempo foi um dos principais dubladores dos desenhos da Hanna-Barbera, sendo responsável pela famosa canção do Dom Pixote e do Zé Colméia, com o tradicional “He He Hei Catatau”. Older também foi responsável pela voz do carteiro Jaiminho em Chaves e do Homem-Garra de He-Man.
Cazarré morreu em 1992, vítima de uma bala perdida, que o atingiu enquanto dormia, em seu apartamento em Copacabana.


“Querida, cheguei!”
José Santacruz faz parte da antiga geração de dubladores. É dele o famoso bordão do Dino da Família Dinossauro. Santacruz não força muito a mudança de voz, quando ele fala, logo vem à lembrança um dos seus vários personagens. Ele já atuou na Praça é Nossa e no Zorra Total, fazendo o personagem Jojoca.



“Espada Justiceira, dê-me visão além do alcance!”
Newton Mota foi o dublador oficial do Bruce Willis no Brasil, mas foi com o Lion, do ThunderCats que ele ficou bastante conhecido. Mota também já faleceu.
“Santa gargalhada, Batman”
Rodney Gomes foi responsável pelo famoso “Lá vai a triônica, a Formiga Atômica” do desenho da Formiga Atômica, mas realmente ficou conhecido pela dublagem do Garoto Prodígio, o Robin.
Rodney morreu em 2006, vítima de diabetes, aos 70 anos.



“Yabadabadooooo!”
Marthus Mathias também imortalizou um personagem. É difícil escutarmos Fred Flintstone gritando “Wiiiiilmaaaaaa” com outra voz. Espírita, Marthus morreu em 1995, acreditando que Fred Flintstone era uma entidade espiritual, dada a intensa relação entre ele e o personagem.
Colaboração: Infantv

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